"O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formámos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida." Fernando Pessoa

O amor romântico, a paixão ilusória, o imaginar a pessoa como queremos que ela seja, eis uma das formas de se viver em ilusões e mentiras, portanto é uma tremenda armadilha o que criamos em nossas mentes.

Mas quem nunca se iludiu? Quem nunca sonhou e viu no outro, ou nos outros, aquilo que gostariam?

Acredito que todos nós aprendemos as lições da vida com desilusões!

Tive sorte, nossa como tive sorte, acho que não me iludi, senti amor e percebi que fui correspondida, mas era um amor sem paixão, pois tudo começou ainda na infância, inocência que não foi perdida.

Até brinco e digo ao meu marido que ele foi moldado por mim, que fomos feitos um para o outro, não precisávamos dizer nada para atrair um ao outro, não tínhamos essa malícia, tudo aconteceu como teria de ser, "reencontro" de almas de vidas passadas, isso é tão certo quanto dois mais dois são quatro, acredito que iremos seguir além, muito além da vida!

O melhor, ele também acredita!

Ivone.